Presidente do STM: diz que ser de esquerda é buscar um Brasil melhor e defende punições a militares envolvidos na tentativa de golpe do 8/01

O presidente do Superior Tribunal Militar, Francisco Joseli Parente Camelo - Foto: Divulgação

Brasil
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Em uma abordagem surpreendente, o tenente-brigadeiro Francisco Joseli Parente Camelo, presidente do Superior Tribunal Militar (STM), oferece uma visão distinta da tradicional perspectiva militar sobre a esquerda no Brasil. Em uma entrevista à TV Band com o repórter Túlio Amâncio, ele desmistifica a associação entre ser de esquerda e ser comunista, destacando que "ser de esquerda não é ser comunista". Camelo enfatiza que o ex-presidente Lula é, na verdade, um sindicalista, não um comunista, e destaca que o comunismo é uma ideologia ultrapassada, inexistente no Brasil.

"Ser de esquerda é querer um Brasil melhor, mais solidário, mais próspero, um Brasil que pense no mais pobre", afirma Camelo, desafiando a concepção equivocada de que toda pessoa de esquerda é comunista. Ele rejeita categoricamente essa associação simplista e reitera que o comunismo não tem lugar no país.

Camelo, nascido em Fortaleza e membro do STM desde 2015, ingressou na carreira militar em um período turbulento durante a ditadura militar. Ao longo de sua carreira, ele recebeu várias condecorações, incluindo a prestigiada Ordem da Legião de Honra da França. Quando questionado sobre sua orientação política, Camelo responde que os militares não têm afiliação partidária, pois estão comprometidos com o melhor interesse do Brasil.

Em relação aos acontecimentos de 8 de janeiro, Camelo defendeu a punição para os militares envolvidos, reconhecendo os indícios de planejamento de golpe, mas ressaltando a importância de garantir o direito de defesa a todas as pessoas envolvidas. Ele enfatiza que os militares devem manter-se distantes da política para preservar a integridade das instituições democráticas.

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