Produtor de funk investigado por vínculos com PCC recebeu auxílio emergencial

Reprodução Instagram

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Revelações chocantes: por trás dos ritmos envolventes do funk, surge uma trama de riqueza duvidosa, conexões perigosas com o crime organizado e até mesmo o recebimento indevido de auxílio emergencial

Suspeito de ter ligações com o PCC, o sócio da produtora de funk GR6 Eventos, Rodrigo Inácio de Lima Oliveira, de 34 anos, está no centro de uma investigação por suposto envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro. Apesar de negar veementemente qualquer ligação com facções criminosas, ele ostenta uma vida luxuosa nas redes sociais.

Rodrigo exibe sua riqueza aos seguidores, mostrando uma mansão avaliada em R$ 7 milhões, adquirida em Orlando, EUA, e presentes caros, como uma bolsa Prada de R$ 15 mil que deu à advogada e influenciadora digital Deolane Bezerra.

Recentemente, Deolane também chamou atenção das autoridades após compartilhar vídeos com acessórios de ouro supostamente ligados ao tráfico do Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, mas não é alvo de investigação no caso do produtor de funk.

Apesar da ostentação, registros do governo mostram que Rodrigo recebeu indevidamente uma parcela do auxílio emergencial em 2020. As informações estão em um inquérito aberto pela Polícia Federal em São Paulo, transferido para a Justiça estadual em 2022.

Relatórios do Coaf indicam movimentações suspeitas de milhões nas contas das produtoras GR6 Eventos e Love Funk, mencionadas em uma investigação sobre lavagem de dinheiro do PCC. A GR6 foi alvo de 120 comunicações de operações suspeitas, movimentando R$ 9,6 milhões em dinheiro vivo entre 2017 e 2021.

Além de uma mansão nos EUA e presentes caros, Rodrigo compartilha nas redes sociais viagens internacionais e de helicóptero. Sua defesa nega qualquer envolvimento em atividades ilícitas e afirma que sua riqueza é proveniente de rendimentos lícitos.

A investigação teve início a partir de uma conversa testemunhada por um policial federal em uma padaria em São Paulo, onde se discutiu sobre ganhos ilícitos e possíveis financiadores.

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