Escândalo no MPF: Mensagens revelam conluio com ONG Internacional e pressão por destino de bilhões de reais

A mutreta entre Dallagnol e ONG Transparência Internacional

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Trocas de mensagens entre Dallagnol, procuradores e a Transparência Internacional expõem esquemas e influências na destinação de bilhões de reais provenientes de acordos judiciais, gerando questionamentos e investigações sobre possíveis irregularidades.

 

Parece que rolou um papo entre o ex-chefão da Lava Jato no Paraná, Deltan Dallagnol, e os procuradores do MPF (Ministério Público Federal), mostrando que tentaram dar um jeito de mandar parte da grana do acordo de leniência da J&F, fechado em 2017, direto pra ONG Transparência Internacional sem precisar passar pelo crivo do TCU (Tribunal de Contas da União).

Depois que o ministro do STF, Dias Toffoli, levantou o sigilo de um documento na terça-feira (06), ficou claro que em novembro de 2018 tavam discutindo como direcionar a bufunfa do acordo da Lava Jato. Só que, no fim das contas, a grana não foi mesmo parar na Transparência Internacional.

Agora tão de olho na ONG, investigando se ela se deu bem com esses acordos de leniência da época da Lava Jato. A Transparência Internacional já disse que é balela a ideia de que tava correndo atrás desses recursos.

Teve até uma reunião onde os procuradores bateram um papo com pessoal da FGV e da Transparência Internacional pra falar sobre os R$2,3 bilhões do acordo com o J&F.

Eles tavam quebrando a cabeça pra evitar que o TCU desse pitaco na grana. Mas a mensagem que menciona o Tribunal de Contas da União não diz quem foi o autor. No papo, também foi citado o Bruno Brandão, que era o presidente da Transparência Internacional na época, e o Michael Mohallem, que é professor da FGV e tava dando uma força pra ONG.

 

As mensagens sobre a mutreta

 

Essas mensagens tão todas no rolo apresentado pelo deputado federal Rui Falcão (PT-SP). Ele diz que esses papos "confirmam que os procuradores do MPF e a galera da Transparência Internacional tavam agindo juntos pra cuidar de bilhões de reais vindos dos acordos de leniência".

Tem até um papo de 2015 entre Dallagnol e procuradores do MPF. O Dallagnol diz assim: "Precisamos de alguém pra pensar onde jogar essa grana que todo mundo ia gostar, tipo num fundo, ONGs contra corrupção, saúde pública, fundo de direitos difusos, fundo pras cadeias; órgãos públicos anti-corrupção, Transparência Internacional Brasil ou contas abertas, etc."

O documento também mostra um papo entre Dallagnol e o então presidente da Transparência Internacional, Bruno Brandão. Eles tão falando que a galera da FGV e da Transparência Internacional fez um "estudo" sobre como usar esses "recursos compensatórios" de acordo com os princípios de transparência e governança.

Numa das mensagens, alguém diz: "É importante dar visibilidade. Não deixa o dinheiro evaporar. Marca [...]. Por enquanto, pedem pra não dividir com a Petrobras. A Transparência Internacional tá com medo de ficar de fora e não pegar parte desse dinheiro vindo dos acordos".

Esses papos que tão na petição do Rui Falcão foram conseguidos pela operação Spoofing, da Polícia Federal, que investigou uns hackers que invadiram os celulares do ex-juiz e agora senador Sérgio Moro e dos ex-procuradores da Lava Jato. E ainda tem uma reportagem da Agência Pública na jogada. Essa reportagem diz que a Transparência Internacional já tinha visto o rascunho de um contrato que tratava da grana do acordo com a Petrobras antes mesmo de ele ser assinado.

Então, essas mensagens tão dando o que falar, especialmente porque a operação Spoofing da Polícia Federal, que investigou uns hackers que invadiram os celulares do ex-juiz e agora senador Sérgio Moro e dos ex-procuradores da Lava Jato, foi quem conseguiu esse material.

Além disso, teve uma reportagem da Agência Pública que jogou mais lenha na fogueira. Eles disseram que a Transparência Internacional já tinha botado o olho num rascunho de contrato que tava tramitando sobre a grana do acordo com a Petrobras antes mesmo de o contrato ser assinado. Ou seja, tava tudo meio combinado nos bastidores.

Então, dá pra ver que tinha uma movimentação rolando entre os procuradores, a galera da Transparência Internacional, e até com a FGV, tudo sobre como usar essa grana dos acordos de leniência. Mas a coisa toda ficou meio suspeita, né?

Parece que tinha uma pressão pra que a grana fosse direcionada pra certos lugares e que a Transparência Internacional tava querendo uma fatia do bolo. Enfim, só sei que tem muito mais história por trás disso tudo e a coisa tá pegando fogo.

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