Hoje, tem jogo da seleção brasileira contra o Peru no Recife, Tite deverá repetir a equipe que iniciou domingo contra a Argentina, espero que Gabigol e Everton Ribeiro não sejam os dois novos laterais do medroso treinador.
Mas, a grande notícia do momento foi a decisão tomada pelo Flamengo de voltar a jogar com público em seus próximos jogos.
A hipocrisia hoje no futebol brasileiro, evidencia que não se tem condição alguma de se construir uma liga, piada recentemente discutida entre os clubes, essa hipocrisia retomou a pauta quando o Flamengo, assim como o Atlético Mg e Cruzeiro, conseguiu liberação das autoridades de saúde do Rio de Janeiro e pretende colocar público em seus próximos jogos como mandante.
Assim como ocorreu na NBA, Premier League e Shows no Brasil, estes eventos ocorrem somente nas praças onde os responsáveis pela saúde e governo autorizaram.
O Flamengo, com uma posição antipática junto aos outros clubes e CBF, não participou da reunião do conselho técnico da CBF ontem, mesmo estando legalmente coberto pela legislação e respaldado pelo STJD. A postura do Flamengo expõe vários pontos críticos e frágeis hoje, como a falta de um presidente na CBF, falta de liderança no futebol e principalmente a eterna falta de capacidade de discussão entre todos.
Na prática a isonomia, termo que vem sendo deturpado no esporte, não existe em nosso futebol, o próprio Flamengo, entre outros, jogou 10 rodadas desfalcados, na data Fifa, de seus selecionáveis e ninguém falou de desequilíbrio no início do campeonato brasileiro, o Atlético MG jogou recentemente com o River diante de sua torcida, sendo que em Buenos Aires não obteve público, decisão mediada pela saúde e governo de Minas, assim como o Cruzeiro jogou com público na série B pelo mesmo motivo.
Penso que a postura do Flamengo é legal, porém implode o conselho técnico e torna essa medida deselegante perante ao colegiado dos outros clubes, soa como arrogante.
Vejo também que não podemos deixar uma decisão esportiva ser tomada pelos políticos, ou sequer trazer essa vitrine pra eles. O fato é que todos os clubes querem jogar com público e o estado de São Paulo, via política, não permite os 5 clubes voltarem agora, e os clubes de São Paulo são maioria. Isso mostra a falta de força e moral que os clubes de São Paulo não possuem com o governador, o mesmo que vai permitir em um mês que todo o circuito da fórmula 1 venha pra São Paulo, aliás quero ver como será a abordagem da Anvisa, visto que 60% das equipes vêm da Inglaterra.
Na minha opinião, o Flamengo não deveria poder jogar com público contra o Grêmio na Copa do Brasil, devido ao jogo de ida ter sido sem público, sou a favor de qualquer clube que conseguir autorização sanitária para o retorno que o faça no campeonato brasileiro imediatamente.
Estes conceitos de coletividade não funcionam no Brasil e temos recentes fatos que comprovam como o rompimento do clube dos 13 puxado pelo Corinthians, o Palmeiras proibir a torcida do Flamengo de entrar no Alianz em 2019, o retorno do futebol na pandemia do ano passado, o retorno dos clubes ao treinar, a decisão de se utilizar e pagar pelo VAR e não teria como ser uma união para a volta do torcedor ao estádio.
Pra mim o ponto é que os clubes de São Paulo devem ser mais fortes e enfáticos com as autoridades, afinal em menos de 30 dias teremos um evento pra 160.000 pessoas e grande número de ingleses em Interlagos e só futebol está pagando essa conta.
Por Ataíde Machado
É empresário, gestor comercial, publicitário e colunista esportivo.
Cobrem das autoridades
Ferramentas
Tipografia
- Minuscula Pequena Media Grande Gigante
- Padrao Helvetica Segoe Georgia Times
- Modo Leitura