A decisão da Justiça de São Paulo em negar a prisão temporária de Fernando Sastre de Andrade Filho, condutor do Porsche envolvido em um acidente fatal, mais uma vez levanta questionamentos sobre a imparcialidade e a eficácia do sistema judicial brasileiro.
O acidente, que resultou na morte de um motorista de aplicativo e deixou um passageiro ferido, tem sido tratado como uma "fatalidade" pela defesa do condutor do veículo de luxo. No entanto, a recusa em decretar a prisão temporária de Fernando Sastre de Andrade Filho parece desconsiderar a gravidade dos fatos e a necessidade de responsabilização diante das evidências apresentadas.
Não foi acidente: empresário em Porsche provoca tragédia fatal em alta velocidade
— André Limart 🇧🇷🇵🇸🇨🇳 (@andrelimart) April 2, 2024
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Ao dirigir a +200 km/h numa avenida em que o máximo é 70, podemos deduzir que há intenção de matar. Não outra forma de interpretar as atitudes da molecagem dos playboys pic.twitter.com/gDZOcVVwdC
Alegações de que o condutor não fugiu do local do crime, contradizendo as informações das autoridades, levantam suspeitas sobre a transparência do processo judicial. A demora em prestar depoimento às autoridades e a alegação de "choque" como justificativa para tal atraso também são aspectos que geram questionamentos sobre a conduta do suspeito e a seriedade das investigações.
Além disso, a tentativa da defesa de Fernando Sastre de Andrade Filho de retratá-lo como uma vítima, citando um suposto "receio de linchamento virtual", parece mais uma estratégia para desviar o foco da responsabilidade do que uma preocupação genuína com a segurança do cliente.
A falta de transparência e a aparente leniência da Justiça diante de casos envolvendo indivíduos privilegiados levantam sérias questões sobre a igualdade perante a lei no Brasil. Enquanto os mais vulneráveis enfrentam duras penas por crimes muitas vezes menos graves, os privilegiados parecem desfrutar de um tratamento diferenciado, minando a confiança da população no sistema judicial.
Diante disso, é fundamental que as autoridades responsáveis conduzam uma investigação minuciosa e imparcial, garantindo que todas as partes envolvidas sejam responsabilizadas de acordo com a gravidade dos fatos. A justiça deve ser cega e não se curvar a privilégios ou influências, pois somente assim poderá ser verdadeiramente justa e eficaz.
Justiça nega pedido de prisão para motorista Posche que matou pai de família
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